sábado, 13 de fevereiro de 2016

SABER SOFRER


Meditação
Quando alguém é atingido na sua saúde por alguma doença, às vezes passa a lamentar-se. No entanto, seria conveniente pensar que, em vez da saúde, podia perder a vida.
Sendo assim, todas as vezes que nos vier alguma doença, no lugar de reclamar contra tudo e contra todos, abandonemo-nos inteiramente à vontade de Deus.
Se deixarmos a Providência agir em nós, nunca seremos dominados pela inquietação, pelo desgosto ou pelo desânimo.
Quem reza todos os dias o “Pai Nosso” não pode temer o mal, salvo se não tiver confiança em Deus. E convém não esquecer que não há somente males do corpo. Há também o mal espiritual que é o pecado. Se nos livrarmos dele com a ajuda da Graça, tudo o mais que nos acontecer pode ser aproveitado no caminho da perfeição.
Exemplo
Assim como previra a morte do filho Conrado, Edwiges também pressentiu o falecimento do outro filho, Henrique. Na noite mesma da batalha, enquanto todos dormiam no castelo de Króssen, a Santa acordou meio sobressaltada e foi logo dizendo à sua favorita dama de companhia: “Perdi meu filho. Meu único filho abandonou-me como um passarinho voando rapidamente. Não o verei mais nesta vida”.
Edwiges pediu à moça que nada dissesse daquela conversa às demais pessoas da casa, a fim de poupar os corações de Gertrudes, sua filha e Ana, sua nora, esposa de Henrique.
Não se passaram três dias e a dolorosa verdade veio cair de repente no meio das três mulheres. Henrique morrera justamente na noite de 9 de abril de 1241, como havia dito a santa. Enquanto ela, de ânimo resoluto, embora adolorada até ao mais íntimo da alma, exclamava olhando para o céu: “É a vontade de Deus e nos deve aprazer, como aprouve ao Senhor”. Ana e Gertrudes choravam inconsolavelmente externando uma imensa dor. Edwiges, como as heroínas e mártires dos primeiros tempos da Igreja, consolava as duas filhas, enquanto rezava em voz alta: “Ó Senhor, eu vos dou muitas graças por me terdes proporcionado a felicidade de ser mãe de tal filho. Ele sempre me amou e me tratou com o mais filial respeito, jamais me causando o menor desgosto. Seria para mim uma grande satisfação vê-lo ao meu lado. Porém decidistes chama-lo e ele atendeu ao vosso apelo derramando o seu sangue generoso em defesa da nossa fé e da nossa pátria. Agora ele está no céu convosco. Encomendo a vós Senhor, com toda a minha dor e com a minha conformidade, a sua alma tão preciosa”.

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