sábado, 13 de fevereiro de 2016

“Antes morrer do que pecar”.



Domingos Sávio nasceu em Castelnuovo d’Asti, na Itália, no dia 2 de abril de 1842 e, segundo o seu diretor espiritual, ninguém menos que São João Bosco, tinha “uma índole doce e um coração formado para a piedade; aprendeu com extraordinária facilidade as orações da manhã e da noite e as rezava quando tinha apenas quatro anos de idade”.
Aos cinco anos, impressionava a todos pela devoção nas missas, em que já ajudava como coroinha apesar de não lhe ser fácil segurar o grande missal nas mãos pequeninas.
programa de vida de Domingos Sávio era muito claro
“Antes morrer que pecar”.
São Domingos Sávio - Padroeiro dos acólitos Ele evitava os meninos bagunceiros e era amigo dos que tinham boa conduta. Além disto, confessava-se com frequência e foi autorizado a receber a Primeira Comunhão aos 7 anos, quando a idade mínima era 12. Nessa ocasião, ele registrou os seus impactantes propósitos pessoais:


“Propósitos que eu, Domingos Sávio, me propus no ano de 1849, quando fiz a Primeira Comunhão, aos 7 anos de idade:
1. Confessar-me-ei com muita frequência e receberei a Sagrada Comunhão sempre que o confessor me permitir;
2. Quero santificar os dias de festa;
3. Os meus amigos serão Jesus e Maria;
4. Antes morrer que pecar".

A família Sávio tinha se mudado para Mondonio, a 10 quilômetros de Castelnuovo. Depois de terminar o primário, a única opção para prosseguir os estudos era ir andando até a cidade vizinha. O menino frágil de 10 anos de idade percorria o trajeto de ida e volta todos os dias: ele
precisava estudar porque queria ser sacerdote. Aplicado e disciplinado, Domingos era o primeiro da classe.
 
Os colegas, certa vez, encheram de pedras uma estufa da escola e acusaram Domingos. O mestre duvidava disto, mas teve de repreendê-lo publicamente porque as supostas provas apontavam para a sua culpa e, além disto, Domingos não se defendia. Mas a verdade veio à tona já no dia seguinte. O mestre indagou então por que Domingos não tinha se justificado. O menino respondeu que queria
imitar Jesus, que foi acusado injustamente e não se defendeu. Ele sabia, ainda, que seria perdoado porque era a sua primeira indisciplina, enquanto seus colegas, se fossem acusados, poderiam sofrer a expulsão da escola.
 
Em 1854, o professor de Domingos foi conversar com Dom Bosco “para falar de um seu aluno digno de particular atenção". Domingos Sávio tinha 12 anos e
Dom Bosco assim o descreve:


Domingos era frágil e delicado de compleição, de aspecto grave e ao mesmo tempo doce, com algo de agradável seriedade. Era afável e de aprazível condição, de humor sempre igual. Guardava constantemente, em aula e fora dela, na igreja e em toda parte, uma tal compostura que o mestre sentia a mais agradável impressão somente com vê-lo e falar-lhe (…) Todas as virtudes que vimos brotar e crescer nele, nas diversas etapas da vida, aumentaram sempre maravilhosamente e cresceram juntas, sem que uma o fizesse em detrimento da outra (…) Nas coisas ordinárias, começou a tornar-se extraordinário (…) Aqui teve início aquela vida exempladíssima, aquele contínuo progresso de virtude em virtude e aquela exatidão no cumprimento de seus deveres que alguém dificilmente poderia superar”.
 
O pequeno Domingos era profundamente devoto de
Maria. Em 8 de dezembro de 1854, data e ano da proclamação do dogma da
Imaculada Conceição, ele renovou com a seguinte prece os seus propósitos da Primeira Comunhão:
"Maria, eu vos dou meu coração. Tornai-me vosso. Jesus e Maria, sede sempre meus amigos; mas, por vosso amor, fazei com que eu morra mil vezes antes de ter a desgraça de cometer um único pecado”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário